domingo, 29 de novembro de 2009

Caminhada de Advento para o Natal*

Orar no Advento é aceitar a promessa da vinda de Deus que os profetas repetem.

Orar no Advento é abrirmo-nos às atitudes dos homens e mulheres que incarnam as esperanças da Humanidade, que não são diferentes das nossas âncias mais radicais.

Orar no Advento é aceitar que somos pessoas e que apenas Deus é Deus.

Orar no Advento é situarmo-nos na terra, nesta terra, e aqui preparar a visita d'Aquele que Deus nos envia como uma prenda Sua.

Orar no Advento é fazer do nosso coração um coração de carne, chamado a mudar, que se abre para que Deus o habite e o transforme na Sua morada.

Orar no Advento é lançar um grito de esperança e de alegria porque Deus Se lembrou de nós, Se manteve fiel à sua promessa e nos visita.


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O Espirito Santo...

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+
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FORÇA, IMPULSO e ACÇÃO DO ESPIRITO SANTO na actualidade!
Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo de vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado.
E renovareis a face da terra.
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora; fechado a todas as ambições mesquinhas; alheio a qualquer desprezível competição humana; compenetrado do sentido da Santa Igreja.
Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus.
Um coração grande e forte para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos.
Um coração grande e forte para superar todas as provações, todo o tédio, todo o cansaço, toda a desilusão, toda a ofensa.
Um coração grande, forte e constante até o sacrifício, quando for necessário.
Um coração, cuja felicidade é palpitar com o Coração de Cristo e cumprir humilde, fiel e virilmente a Vontade Divina
Amém

Foi tão boa a reunião de ontem... =D

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Parabéns GJ (10 aninhos!)


Bem.... é mesmo hoje! Dia 13 de Outubro! Dia de Nossa Senhora e Mãe... 10 aninhos de vida!
Parabéns ao GRUPO DE JOVENS DE SEQUEIROS!
O nosso grupo!
SENHOR AMIGO,
neste dia queremos agradecer-te todo o AMOR que tens para connosco!
Toda a amizade que nos UNE!
Toda a CAMINHADA feita, o trilho percorrido, a que nos dás fruto da Tua bondade!
Queremos agradecer-Te por todos os elementos que fizeram parte e fazem do nosso grupo... pela PRESERVERANÇA demonstrada!
Hoje queremos agradecer-te pelo Pe. Almeida que caminha ao nosso lado...
Hoje queremos agradecer por todos aqueles que fizeram marcas que o tempo e a distância não apagam da alma do nosso grupo: O Pe. Avelino, a Carla, o Hélio, a Sandra, o Litos, a Sara, a Zézinha, a Andreia, a Cristina, a Tânia, a Rosa, o Vitor, a Sofia, a Paula, o Kiko, o Sérgio, a Célia, a Carla, o Tone, o Paulo, o Zé, a Raquel, a Helena, o Bruno, o Nelson e o Miguel!!!!
Queremos também agradecer-te pela Liliana, a Beta, o Emanuel, a Filipa, o Paulo,o Ezequiel, o Marinho, a Sónia e a Carla que lutam para mostrar no mundo, na paróquia e nos amigos essa herança de amor!
Queremos dar graças pelo Movimento dos CONVIVIOS FRATERNOS que nos fizeram conhecer-Te e comprometermo-nos contigo!!!!
E nada melhor do que... celebrar com Maria, nossa mãe, todo o amor emanado do PAI!
Logo... TERÇO às 19h30!!!
"Parabéns a você, nesta data querida,
muitas felicidades, muitos anos de vida!
Hoje é dia de festa, cantam as nossas almas para
o GRUPO DE JOVENS uma salva de palmas!!!
O GRUPO faz anos porque DEUS assim quis,
todos nós desejamos que seja muito feliz!"

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Oração de Santa Teresa d'Ávila

Não me move,
Senhor para Te amar
O Céu que me prometestes
Nem me move o inferno tão temido
Para deixar por isso de Te ofender.
Tu me moves, Senhor,
Move-me ver-Te
Pregado em uma Cruz e escarnecido
Move-me ver teu Corpo tão ferido,
Movem-me tuas afrontas e tua morte.
Move-me enfim o teu amor,
E de tal maneira,
Que ainda que não houvesse Céu eu Te amaria,
E ainda que não houvesse inferno Te temeria.
Nada tens que me dar para que eu Te queira,
Pois mesmo que eu não esperasse o que espero,
O mesmo que Te quero
Eu te quereria.

(Santa Teresa d' Avila)

terça-feira, 5 de maio de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009


Acredito, ainda que ninguém acredite.
Mesmo que a luz se apague
E a água parar de jorrar,
Eu continuarei acreditando.

Acredito, mesmo que não veja mais possibilidades,
Ainda que, pareça tudo perdido,
Ainda que, toda situação pareça contrária.
Eu me alegrarei e continuarei acreditando.

Acredito, mesmo que os ventos sejam contrários,
E as palavras tenham sessado.
Acredito, ainda que a cura não chegue,
E ainda que os montes não se movam, eu acredito.

Acredito, mesmo que ninguém entenda.
Mesmo que a flor pare de brotar,
Ou mesmo que a lua deixe de brilhar.
Continuarei acreditando.

Acredito em meio aos problemas,
Ao caos, a vida de luta, - acredito.
Em meio a batalha, continuarei acredindo.
Em meio a dúvidas, continuarei acreditando.
Acredito, mesmo que eu passe pelo vale da sombra da morte.
E mesmo que os gigantes tentem me esmagar, eu acredito.
Ainda que os meus inimigos se levantem contra mim.
Continuarei firme, acreditando em Ti.

Acredito, porquê sei que sempre estás comigo,
E a tua bondade e misericórdia me seguirão
Por todos os dias da minha vida.
Acredito porquê Tu, ó Senhor, me faz repousar em pastos verdejantes.

Acredito, porque fui resgatado das trevas.
Acredito, porque Tu me amaste primeiro.
Acredito, não porque ouvi falar de Ti,
Mas porque tive o privilégio de Te conhecer pessoalmente.

domingo, 12 de abril de 2009

A coroa de espinhos
Que feriam Sua cabeça, era minha.
Os cuspes em Seu rosto,
Eram meus.

Com compaixão me viu,
Com intensidade me amou,
Com Seu precioso sangue,
Minha vida resgatou.

O cego abriu os olhos,
O coxo levantou,
O surdo passou a ouvir,
E o morto ressucitou.

Mesmo tentado,
Não foi derrotado,
Ferido e injuriado,
Não mostrou-se desanimado.
Que grande prova de amor,
Deus, o Seu próprio filho enviou
Para o resgate de muitos,
Aos quais, vida plena planejou.

Sem reclamar,
Dor e humilhação enfrentou,
Pendurado no madeiro,
Meus pecados perdoou.

Sou grato a Ti Senhor,
Pela Sua presença, pelo seu amor,
Por me salvar de mim mesmo,
Dos meus medos, da minha dor.

domingo, 5 de abril de 2009

A Pascoa é uma passagem obrigatoria. Para isso, precisamos de parar, de estar atentos aos apelos que nos são dirigidos e seguir em frente porque o sinal verde do semáforo está a aparecer.
Não se pode caminhar indefenidamente, sem saber para onde! É necessario saber o que se busca, qual a meta a alcançar. Não se pode andar distraido e indeferente, é necessario estar à escuta. Não se pode ficar do outro lado da margem, o sinal da luz nova exige que se avance e se passe para o outro lado obrigatoriamente.
Celebramos hoje dois acontecimentos da vida de Jesus: o dia de Ramos, ou seja, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalem; e a sua Paixao e Morte. Aqueles que o aclamaram na sua entrada em Jerusalem foram os mesmos que pouco tempo depois o mataram e suspenderam na cruz.
Também hoje é o dia mundial da juventude. Juventude que deve ter a sua segurança não num sentimento ou ideal, mas na pessoa concreta de Jesus Cristo. À imagem do grande apóstolo Paulo, a esperança do jovem, deve ter sentido no “Deus vivo”. Porquê? Porque Ele está sempre connosco, é o nosso presente e o nosso futuro.
Não podemos permanecer parados quando o sinal verde surge na nossa vida. Não podemos ficar indirefenrentes à voz de Jesus Cristo. Temos de seguir em frente, pois Cristo Ressuscitado é passagem obrigatoria, é meta, é o encontro que se impoe na nossa vida, enquantos jovens ou cristaos necessitados de vida nova em Cristo.

domingo, 29 de março de 2009

Vamos descobrir que passar da morte à vida, com Jesus, é uma passagem estreita; exigente e comprometedora, e ao mesmo tempo difícil de concretizar e viver. É no entanto, possível, sobretudo, recompensador e gratificante.

Somos chamados a dar fruto, para isso temos de morrer e dar vida. Esta é uma missão que nem todos aceitam pela renúncia e entrega que exige. Encontrar a vida nova pascal é encontrar motivos e graça que me seduzam nesta proposta radical de seguir Jesus neste caminho estreito, neste caminho difícil de passar.

Tal como Saulo, perseguidor de Jesus, morre, para dar lugar ao apóstolo Paulo, zeloso e fervoroso anunciador da Boa Nova. Paulo renuncia a si mesmo, morre: “já não sou eu que vivo. É Cristo que vive em mim”. A partir daí faz um caminho difícil, estreito, que o conduz muitas vezes à prisão e ao sofrimento, mas é este o caminho da salvação.

domingo, 22 de março de 2009

Neste tempo de Quaresma somos convidados a identificar os sentidos proibidos e a encontrar caminhos alternativos que nos conduzam à verdadeira Pascoa. A cruz e o perdão que nela se gerou são esse caminho de luz, em oposição às trevas, que tantas vezes nos limitem e prendem.
Neste domingo, Jesus propõe-nos um caminho novo, um caminho de luz, um encontro com a Sua Palavra, cujo centro é este mistério da cruz de Jesus, que ilumina e transmite paz a todos os que se deixam encontrar por ela.
É tempo de reconciliação, esta que obriga cada um a olhar para dentro de si mesmo, fechando os olhos para as luzes do mundo, que erradamente nos iludem e atraiem, conduzindo-nos às trevas. É preciso cair na cegueira, como Paulo, para que depois possamos ver a luz nova de Cristo, alcançada na conversão e no perdão que nos é dado pelo Pai, na cruz de seu Filho.
Acreditar em Jesus, Luz do mundo, é acreditar no dom da vida e da reconciliação do homem consigo, com os outros e com Deus, como caminho alternativo àqueles que nos conduzem às trevas. Aqueles q vivem na luz, conseguem identificar o que os devias dessa mesma luz, conseguindo por isso seguir os sinais que os levam ao encontro com a vida nova pascal.

terça-feira, 17 de março de 2009

Mensagem Santo Padre para a XXIV Jornada Mundial da Juventude

Mensagem do Santo Padre Bento XVI para a XXIV Jornada Mundial da Juventude

Uma esperança firme e fiável em tempos de crise

O mundo precisa de "uma esperança firme e fiável"; não de "um ideal ou de um sentimento, mas de uma pessoa viva, Jesus Cristo". Escreve o Papa na mensagem para a XXIV Jornada Mundial da Juventude, que será celebrada nas várias dioceses a 5 de Abril, Domingo de Ramos.

"Pusemos a nossa esperança em Deus vivo" (1 Tm 4, 10)

Queridos amigos!

Celebraremos no próximo Domingo de Ramos, a nível diocesano, a XXIV Jornada Mundial da Juventude. Enquanto nos preparamos para esta celebração anual, penso de novo com profunda gratidão ao Senhor no encontro que se realizou em Sidney, em Julho do ano passado: encontro inesquecível, durante o qual o Espírito Santo renovou a vida de numerosíssimos jovens que se reuniram de todo o mundo. A alegria da festa e o entusiasmo espiritual, experimentados durante aqueles dias, foram um sinal eloquente da presença do Espírito de Cristo. E agora estamos encaminhados para o encontro internacional em programa para Madrid em 2011, que terá como tema as palavras do Apóstolo Paulo: "Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé" (cf. Cl 2, 7). Em vista deste encontro mundial dos jovens, queremos realizar juntos um percurso formativo, reflectindo em 2009 sobre a afirmação de São Paulo: "Pusemos a nossa esperança em Deus vivo" (1 Tm 4, 10), e em 2010 sobre a pergunta do jovem rico a Jesus: "Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?" (Mc 10, 17).

A juventude tempo da esperança

Em Sidney, a nossa atenção concentrou-se sobre o que o Espírito Santo diz hoje aos crentes, e em particular a vós, queridos jovens. Durante a Santa Missa conclusiva, exortei-vos a deixar-vos plasmar por Ele para serdes mensageiros do amor divino, capazes de construir um futuro de esperança para toda a humanidade. A questão da esperança está, na realidade, no centro da nossa vida de seres humanos e da nossa missão de cristãos, sobretudo na época contemporânea. Todos sentimos a necessidade da esperança, não de uma esperança qualquer, mas sim de uma ersperança firme e de confiança, como eu quis ressaltar na Encíclica Spe salvi. Em particular, a juventude é tempo de esperanças, porque olha para o futuro com várias expectativas. Quando se é jovem alimentam-se ideais, sonhos e projectos; a juventude é o tempo no qual amadurecem opções decisivas para o resto da vida. E talvez também por isto é a estação da existência na qual emergem com vigor as perguntas fundamentais: por que estou na terra? Qual é o sentido do viver? Que será da minha vida? E ainda: como alcançar a felicidade? Por que o sofrimento, a doença e a morte? O que existe depois da morte? Perguntas que se tornam insuportáveis quando nos devemos confrontar com obstáculos que por vezes parecem insuperáveis: dificuldades nos estudos, falta de trabalho, incompreensões na família, crises nas relações de amizade ou na construção de um entendimento conjugal, doenças ou deficiências, carência de recursos adequados como consequência da actual difundida crise económica e social. Então perguntamos: de onde haurir e como manter viva no coração a chama da esperança?

Na raiz da "grande esperança"

A experiência demonstra que as qualidades pessoais e os bens materiais não são suficientes para garantir a esperança da qual o coração humano está em busca constante. Como escrevi na citada Encíclica Spe salvi, a política, a ciência, a técnica, a economia e qualquer outro recurso material sozinhos não são suficientes para oferecer a grande esperança que todos desejamos. Esta esperança "só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir" (n. 31). Eis por que uma das consequências principais do esquecimento de Deus é a evidente desorientação que marca as nossas sociedades, com consequências de solidão e violência, de insatisfação e perda de confiança que não raro terminam no desespero. É clara e forte a chamada que nos vem da Palavra de Deus: "Maldito o homem que confia noutro, que da carne faz o seu apoio e cujo coração vive distante do Senhor. Assemelha-se ao cardo do deserto, que, mesmo que lhe venha algum bem, não o sente" (Jr 17, 5-6).
A crise de esperança atinge mais facilmente as novas gerações que, em contextos socioculturais privados de certezas, de valores e de sólidos pontos de referência, encontram-se a enfrentar dificuldades que são maiores do que as suas forças. Penso, queridos amigos, em tantos coetâneos vossos, feridos pela vida, condicionados por uma imaturidade pessoal que muitas vezes é consequência de um vazio familiar, de opções educativas permissivas e libertárias e de experiências negativas e traumáticas. Para alguns e infelizmente não são poucos a saída quase obrigatória é uma fuga alienante com comportamentos de risco e violentos, na dependência de drogas e álcool, e em muitas outras formas de mal-estar juvenil. Contudo, também em quem se vem a encontrar em condições difíceis por ter seguido conselhos de "maus mestres", não se apaga o desejo de amor verdadeiro e de autêntica felicidade. Mas como anunciar a esperança a estes jovens? Nós sabemos que só em Deus o ser humano encontra a sua verdadeira realização. O compromisso primário que interpela todos é portanto o de uma nova evangelização, que ajude as novas gerações a redescobrir o rosto autêntico de Deus, que é Amor. A vós, queridos jovens, que estais em busca de uma esperança firme, dirijo as mesmas palavras que São Paulo dirigia aos cristãos perseguidos na Roma de então: "Que o Deus da esperança vos encha plenamente de alegria e de paz na vossa crença, para que abundeis na esperança pela virtude do Espírito Santo" (Rm 15, 13). Durante este ano jubilar dedicado ao Apóstolo das Nações, por ocasião do bimilénio do seu nascimento, aprendamos dele a tornar-nos testemunhas credíveis da esperança cristã.

São Paulo testemunha da esperança

Encontrando-se imerso em dificuldades e provações de vários tipos, Paulo escrevia ao seu fiel discípulo: "Pusemos a nossa esperança em Deus vivo" (1 Tm 4, 10). Como tinha nascido nele esta esperança? Para responder a esta pergunta devemos partir do seu encontro com Jesus ressuscitado no caminho de Damasco. Nessa época Saulo era um jovem como vós, com cerca de vinte ou vinte e cinco anos, seguidor da Lei de Moisés e decidido a combater com todos os meios quantos ele considerava inimigos de Deus (cf. Act 9, 1). Quando estava a caminho de Damasco para prender os seguidores de Cristo, foi envolvido por uma luz misteriosa e ouviu chamar pelo nome: "Saulo, Saulo, por que me persegues?". Caindo por terra, perguntou: "Quem és Tu, Senhor?". E aquela voz respondeu: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues!" (cf. Act 9, 3-5). Depois daquele encontro, a vida de Paulo mudou radicalmente: recebeu o Baptismo e tornou-se apóstolo do Evangelho. No caminho de Damasco, ele foi interiormente transformado pelo Amor divino que encontrou na pessoa de Jesus Cristo. Um dia escreverá: "A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e Se entregou a Si mesmo por mim" (Gl 2, 20). De perseguidor, tornou-se portanto testemunha e missionário: fundou comunidades cristãs na Ásia Menor e na Grécia, percorrendo milhares de quilómetros e enfrentando toda a espécie de peripécias, até ao martírio em Roma. Tudo por amor a Cristo.

A grande esperança está em Cristo

Para Paulo a esperança não é só um ideal ou um sentimento, mas uma pessoa viva: Jesus Cristo, Filho de Deus. Persuadido intimamente desta certeza, poderá escrever a Timóteo: "Pusemos a nossa esperança em Deus vivo" (1 Tm 4, 10). O "Deus vivo" é Cristo ressuscitado e presente no mundo. É Ele a verdadeira esperança: Cristo que vive connosco e em nós e que nos chama a participar na sua própria vida eterna. Se não estamos sozinhos, se Ele está connosco, aliás, se é Ele o nosso presente e o nosso futuro, por que temer? A esperança do cristão é portanto desejar "o Reino dos céus e a vida eterna como nossa felicidade, pondo toda a confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos, não nas nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo" (Catecismo da Igreja Católica, 1817).

O caminho rumo à grande esperança

Assim como um dia encontrou o jovem Paulo, Jesus deseja encontrar também cada um de vós, queridos jovens. Sim, antes de ser um nosso desejo, este encontro é um desejo profundo de Cristo. Mas alguns de vós poderiam perguntar: como posso eu, hoje, encontrá-l'O? Ou também, de que modo Ele se aproxima de mim? A Igreja ensina que o desejo de encontrar o Senhor já é fruto da sua graça? Quando na oração expressamos a nossa fé, também na obscuridade já O encontramos porque Ele se oferece a nós. A oração perseverante abre o coração para O acolher, como explica Santo Agostinho: "O Senhor nosso Deus quer que nas orações se exercite o nosso desejo, de modo que nos tornemos capazes de receber o que Ele pretende dar-nos" (Cartas 130, 8, 17). A oração é dom do Espírito, que nos torna homens e mulheres de esperança, e rezar mantém o mundo aberto a Deus (cf. Enc. Spe salvi, 34).
Dai espaço à oração na vossa vida! Rezar sozinho é bom, mas ainda melhor e mais proveitoso é rezar juntos, porque o Senhor garantiu que está presente onde estiverem dois ou três reunidos no seu nome (cf. Mt 18, 20). Existem muitas formas de se familiarizar com Ele; existem experiências, grupos e movimentos, encontros e itinerários para aprender assim a rezar e a crescer na experiência da fé. Participai na liturgia nas vossas paróquias e alimentai-vos abundantemente da Palavra de Deus e da participação activa nos Sacramentos. Como sabeis, ápice e centro da existência e da missão de cada crente e comunidade cristã é a Eucaristia, sacramento de salvação na qual Cristo se faz presente e doa como alimento espiritual o seu próprio Corpo e Sangue para a vida eterna. Mistério deveras inefável! Em volta da Eucaristia nasce e cresce a Igreja, a grande família dos cristãos, na qual se entra com o Baptismo e nos renovamos constantemente graças ao sacramento da Reconciliação. Depois, os baptizados, mediante a Crisma, são confirmados pelo Espírito Santo para viver como autênticos amigos e testemunhas de Cristo, enquanto os Sacramentos da Ordem e do Matrimónio os tornam preparados para realizar as suas tarefas apostólicas na Igreja e no mundo. A Unção dos enfermos, por fim, faz-nos experimentar o conforto divino na doença e no sofrimento.

Agir em sintonia com a esperança cristã

Queridos jovens, se vos alimentardes de Cristo e viverdes imersos n'Ele como o apóstolo Paulo, não podereis deixar de falar d'Ele, de O fazer conhecer e amar por tantos vossos amigos e coetâneos. Tendo-vos tornado seus fiéis discípulos, sereis assim capazes de contribuir para formar comunidades cristãs impregnadas de amor como aquelas das quais fala o livro dos Actos dos Apóstolos. A Igreja conta convosco para esta empenhativa missão: não vos desencoragem as dificuldades e as provas que encontrardes. Sede pacientes e perseverantes, vencendo a natural tendência dos jovens para a pressa, para querer tudo e já.
Queridos amigos, como Paulo, testemunhai o Ressuscitado! Fazei-O conhecer a quantos, vossos coetâneos ou adultos, estão em busca da "grande esperança" que dê sentido à sua existência. Se Jesus se tornou a vossa esperança, dizei-o também aos outros com a vossa alegria e com o vosso compromisso espiritual, apostólico e social. Habitados por Cristo, depois de ter posto n'Ele a vossa fé e de lhe ter dado toda a vossa confiança, difundi esta esperança ao vosso redor. Fazei escolhas que manifestem a vossa fé; mostrai que compreendestes as insídias da idolatria do dinheiro, dos bens materiais, da carreira e do sucesso, e não vos deixeis atrair por estas quimeras falsas. Não cedais à lógica do interesse egoísta, mas cultivai o amor ao próximo e esforçai-vos por colocar a vós mesmos e as vossas capacidades humanas e profissionais ao serviço do bem comum e da verdade, sempre prontos a responder "a quem vos perguntar a razão da vossa esperança!" (1 Pd 3, 15). O cristão autêntico nunca está triste, mesmo quando tem que enfrentar provas de vários tipos, porque a presença de Jesus é o segredo da sua alegria e da sua paz.

Maria Mãe da Esperança

Modelo deste itinerário de vida apostólica seja para vós São Paulo, que alimentou a sua vida de fé e esperança constantes seguindo o exemplo de Abraão, do qual escreve na Carta aos Romanos: "Ele mesmo, contra o que podia esperar, acreditou que havia de ser pai de muitas nações" (Rm 4, 18). Por estas mesmas pegadas do povo da esperança formado pelos profetas e pelos santos de todos os tempos nós prosseguimos rumo à realização do Reino, e no nosso caminho acompanhe-nos a Virgem Maria, Mãe da Esperança. Aquela que encarnou a esperança de Israel, que doou ao mundo o Salvador e permaneceu, firme na esperança, aos pés da Cruz, é para nós modelo e amparo. Sobretudo, Maria intercede por nós e guia-nos na escuridão das nossas dificuldades para o alvorecer radioso do encontro com o Ressuscitado. Gostaria de concluir esta mensagem, queridos jovens amigos, fazendo minha uma bela e conhecida exortação de São Bernardo inspirada no título de Maria Stella maris, Estrela do mar: "Tu que na instabilidade contínua da vida presente, te vês mais a flutuar entre as tempestades do que a caminhar na terra, mantém fixo o olhar no esplendor desta estrela, se não quiseres ser aniquilado pelos furacões. Se insurgem os ventos das tentações e te encalhas entre as rochas das tribulações, olha para a estrela, invoca Maria... Nos perigos, nas angústias, nas perplexidades, pensa em Maria, invoca Maria... Seguindo os seus exemplos não te perderás; invocando-a não perderás a esperança; pensando nela não cairás no erro. Amparado nela não escorregarás; sob a sua protecção nada recearás; com a sua guia não te cansarás; com a sua protecção alcançarás a meta" (Homilias em louvor da Virgem Mãe, 2, 17).
Maria, Estrela do mar, sê tu a guiar os jovens do mundo inteiro ao encontro com o teu Filho divino Jesus, e sê ainda tu a celeste guarda da sua fideliade ao Evangelho e da sua esperança.
Ao garantir a minha recordação quotidiana na oração por todos vós, queridos jovens, abençoo de coração a vós e às pessoas que vos são queridas.

Vaticano, 22 de Fevereiro de 2009.

Fonte: http://www.diocese-braga.pt/pastoraljovens/

domingo, 15 de março de 2009



Ao caminhar na Quaresma temos de seguir em frente e não inverter a marcha.
Quem acredita em Jesus está proibido de olhar para o q já passou; não poder ficar preso ao passado, agarrado apenas a um templo material, como os judeus, a um lugar físico, mas sim, a uma Pessoa vive que reunirá à sua volta todos os crentes.
Se ate aqui o encontro com Deus era no Tempo de Jerusalém, a partir de agora, o Corpo de Jesus, destruído pela morte e reedificado com a Ressurreição, passa a ser o novo lugar, a nova morada onde Deus se encontra com cada crente.
Seguindo os passos de Paulo, q rompe definitivamente com o passado, com o homem velho, perseguidor dos cristãos, também nos devemos fazer um caminho novo para Cristo. Uma vez encontrados por Jesus também nós estamos proibido de voltar atrás, de inverter a marcha…

domingo, 8 de março de 2009

Parar sim, estacionar não! Somos convidados a parar interiormente, a construir tendas do encontro com Jesus, mas simultaneamente a agir, a descer dos monte e a anunciar a boa nova de Jesus Cristos transfigurado.
A experiencia maravilhosa, que foi dada a viver aos apóstolos na transfiguração é uma antevisão da situação de Jesus, depois da ressurreição. “ O seu rosto ficou resplandecente como o Sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz”, isto é, este acontecimento que iluminar o nosso caminho, quer que descubramos a verdadeira missão do messias e a coragem necessária para seguirmos os seus ensinamentos e a Sua vida de Ressuscitado. Mostra, que é na cruz que se descobre o verdadeiro sentido da vida, a verdadeira luz.
Tal como Cristo, cada um é chamado a dar-se, a assumir a sua cruz, transfigurando-se e dignificando-se. Mas, este dar-se tem de ser permanente e sem barreiras. Tal como Paulo, após mudarmos a direcção do nosso caminho, jamais podemos estacionar, até chegarmos à nossa “meta”, Jesus Cristo. Nada o deteve na tarefa de anunciar o amor de deus, a Boa novas, a todos os homens!! E nós devemos seguir o seu exemplo…

domingo, 1 de março de 2009

Tempo de fazer Stop. Antes de dar inicio à sua pregação, Jesus entrega-se à oração, numa atitude quaresmal; antes de Se apresentar em público, vai para o deserto; antes de Se misturar com o povo, retira-se para a solidão. Antes de ir ao encontro dos homens, busca a intimidade do seu Pai, que está no Céu. Este deserto que é sinal de paragem obrigatória, de reflexão, oração, introspecção para quem quer fazer um caminho sério em direcção à Páscoa, isto é, em direcção a uma vida nova.

Para encontrar esse caminho que nos leva até Cristo, e à semelhança de S.Paulo, devemos mergulhar no deserto da nossa cegueira, e olhar para nós mesmos, para dentro de nós, onde ecoa a voz de Cristo, que nos chama. Parar e mudar radicalmente de rumo no nosso caminho, parar para encontrar os sinais que nos conduzem à alegria plena em Cristo Ressuscitado

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Cinzas



O Tempo quaresmal, iniciado na quarta-feira de cinzas, é uma via que deve merecer prioridade na vida dos cristãos. As cinzas são o símbolo da nossa atitude perante este tempo de reflexão. A cinza é sinal de consciência humana e atitude humilde que deve reinar em nosso coração, na verdadeira conversão, rumo à pascoa da Ressurreição.


À semelhança de S.Paulo, também nós devemos fazer este caminho de conversão, tornando-nos cinzas, para nos encontrarmos plenamente com Jesus e pregar a Boa Nova de Cristo.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Quaresma






Quaresma vem do latim e significa quadragésima. é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.

Este tempo começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira (até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive) da Semana Santa, em nós realizamos a preparação para a Páscoa. Este período é um convite à reflexão e à conversão espiritual. Ou seja, em tempo mais perto de Deus. Em que devemos fazer uma comparação entre as nossas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. Devendo intensificar a prática dos princípios essenciais da nossa fé com o objectivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.

Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias, surgindo assim a Quaresma.

São 40 dias porque na Bíblia o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, das suas provações e dificuldades. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egipto, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e relacionam-se com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Quando tiverem um pouco de tempo eu estou cá para um café....


"Um professor diante da sua turma de filosofia, sem dizer uma palavra, pegou num frasco grande e vazio de maionese e começou a enchê-lo com bolas de golfe.
A seguir perguntou aos estudantes se o frasco estava cheio. Todos estiveram de acordo em dizer que 'sim'.
O professor tomou então uma caixa de fósforos e a despejou dentro do frasco de maionese. Os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe.
O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a responder que 'Sim'.
Logo, o professor pegou uma caixa de areia e a despejou dentro do frasco. Obviamente que a areia encheu todos os espaços vazios e o professor questionou novamente se o frasco estava cheio.
Os alunos responderam-lhe com um 'Sim' retumbante.
O professor em seguida adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre a areia.
Os estudantes riram-se nesta ocasião. Quando os risos terminaram, o professor comentou:
'Quero que percebam que este frasco é a vida. As bolas de golfe são as coisas importantes, a família, os filhos, a saúde, a alegria, os amigos, as coisas que vos apaixonam. São coisas que mesmo que perdessemos tudo o resto, a nossa vida ainda estaria cheia.
Os fósforos são outras coisas importantes, como o trabalho, a casa, o carro etc.
A areia é tudo o resto, as pequenas coisas.
Se primeiro colocamos a areia no frasco, não haverá espaço para os fósforos, nem para as bolas de golfe.
O mesmo ocorre com a vida. Se gastamos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas que realmente são importantes.
Prestem atenção às coisas que realmente importam. Estabeleçam as vossas prioridades, e o resto é só areia.'
Um dos estudantes levantou a mão e perguntou: Então e o que representa o café?
O professor sorriu e disse: 'Ainda bem que perguntas! Isso é só para vos mostrar que por mais ocupada que a vossa vida possa parecer, há sempre lugar para tomar um café com um amigo'."

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Uma história de Amor...




A VIDA DE S. PAULO


Paulo nasceu entre o ano 5 e 10 da era cristã, em Tarso, capital da Cilícia, na Ásia Menor, cidade aberta às influências culturais e às trocas comerciais entre o Oriente e o Ocidente. Descende de uma família de judeus da diáspora, pertencente à tribo de Benjamim, que observava rigorosamente a religião dos seus pais, sem recusar os contactos com a vida e a cultura do Império Romano.
Os pais deram-lhe o nome de Saul (nome do primeiro rei dos judeus) e o apelido Paulo. O nome Saul passou para Saulo porque assim era este nome em grego. Mais tarde, a partir da sua primeira viagem missionária no mundo greco-romano, Paulo usa exclusivamente o sobrenome latino Paulus.
Recebeu a sua primeira educação religiosa em Tarso tendo por base o Pentateuco e a lei de Moisés. A partir do ano 25 d.C. vai para Jerusalém onde frequenta as aulas de Gamaliel, mestre de grande prestígio, aprofundando com ele o conhecimento do Pentateuco escrito e oral.
Aprende a falar e a escrever aramaico, hebraico, grego e latim. Pode falar publicamente em grego ao tribuno romano, em hebraico à multidão em Jerusalém (Act 21,37.40) e catequizar hebreus, gregos e romanos.
Paulo é chamado “o Apóstolo” por ter sido o maior anunciador do cristianismo depois de Cristo. Entre as grandes figuras do cristianismo nascente, a seguir a Cristo, Paulo é de facto a personalidade mais importante que conhecemos. É uma das pessoas mais interessantes e modernas de toda a literatura grega, e a sua Carta aos Coríntios é das obras mais significativas da humanidade.
Escreveu 13 cartas às igrejas por ele fundadas: cartas grandes: duas aos tessalonicenses; duas aos coríntios; aos gálatas; aos romanos. Da prisão: aos filipenses; bilhete a Filémon; aos colossenses; aos efésios. Pastorais: duas a Timóteo e uma a Tito.
Quando estava preso em Cesareia, Pau-lo apela para César e o governador Festo envia-o para Roma, aonde chegou na Primavera do ano 61. Viveu dois anos em Roma em prisão domiciliária. Sofreu o martírio no ano 67, no final do reinado de Nero, na Via Ostiense, a 5 quilómetros dos muros de Roma.


A CONVERSÃO


Ainda adolescente, sem idade para poder apedrejar, assistiu ao martírio do diácono Estêvão, o primeiro mártir da Igreja. (Act 8,1).
Paulo, hebreu convicto, perseguia os cristãos porque os considerava como hereges, como uma seita contrária à verdadeira fé, que ameaçava a autoridade religiosa do judaísmo.
No ano 35, quando Saulo tinha cerca de 30 anos, na sua luta contra os cristãos chefia um grupo que vai galopando para Damasco, com autorização dos sumos sacerdotes, para eliminar um grupo de cristãos e levar os seus chefes algemados para Jerusalém.
Paulo diz que no caminho, já próximo de Damasco, se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu e lhe apareceu Cristo Ressuscitado, que lhe disse: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?» Saulo perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» A voz respondeu: «Eu sou Jesus a quem tu persegues. Agora levanta-te, entra na cidade e e aí te dirão o que deves fazer» (Act 9,1-7). Perseguindo os membros da Igreja, Paulo estava a perseguir Cristo que é a sua Cabeça.
Após o diálogo com Cristo Ressuscitado, Paulo, de perseguidor dos cristãos torna-se um homem novo, o mais ardente missionário do Evangelho, que irá dedicar o resto da sua vida a Cristo, numa contínua identificação com Ele ao ponto de poder dizer: «Para mim viver é Cristo» (Fl 1-21); «Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.» (Gl 2,20)
Desde aquele momento começa para Paulo uma nova etapa da vida, uma grande aventura que o levará por montes, desertos, mares, aldeias e cidades do Mediterrâneo Oriental, e que terminará em Roma com o martírio.


CHAMADO POR DEUS


Ananias, sacerdote hebreu-cristão, faz a iniciação cristã de Paulo e administra-lhe o Baptismo (Act 9,18). Jesus, falando de Paulo, disse a Ananias: «Esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu Nome aos pagãos, os reis e ao povo de Israel. Eu vou mostrar a Saulo quanto ele deve sofrer por causa do meu Nome.» (Act 9,15-17)
Paulo, sempre atento à voz de Deus, é conquistado por Cristo. Reconhece que está no caminho errado e decide pronta e corajosamente mudar de rumo.
Depois de catequizado por Ananias, Paulo fez algumas tentativas missionárias entre os judeus que viviam em Damasco, mas passado pouco tempo teve de fugir e retirar-se durante algum tempo para o deserto da Arábia, situado entre o rio Jordão e o Eufrates. Paulo terá dedicado este tempo à sua formação, a interpretar em sentido cristão a leitura rabínica da Bíblia e as tradições religiosas de Israel.
Depois encontramo-lo novamente em Damasco «durante muitos dias» (Act 9,23) a pregar aos hebreus; mas as hostilidades, que vão aumentando contra ele, obrigam-no a fugir de noite, às escondidas.
Paulo decide então ir a Jerusalém para se encontrar com Pedro (Gl 1,19) e segundo esta mesma carta este primeiro tempo de actividade cristã de Paulo durará 3 anos, ou seja, até ao ano 38 d. C.
Em Jerusalém, não obstante a amizade de Pedro e de Barnabé, Paulo sofre a contínua hostilidade dos hebreus gregos e é aconselhado a regressar a Tarso, sua cidade natal (Act 9,29s; Gl 1,21). Uma aparição de Jesus no Templo de Jerusalém fez-lhe compreender claramente, naqueles dias, que deveria ser o Apóstolo das gentes. (cf. Act 22,17s)
No Concílio de Jerusalém recebe a missão de anunciar Jesus Cristo ao mundo pagão, a todos os povos (cf. Gl 2,7-9). É a esta missão que ele vai dedicar toda a sua vida, animado por um apaixonado amor a Cristo. Vai anunciar o Evangelho nas grandes cidades do Mediterrâneo, e fundar Igrejas, comunidades de homens e mulheres, livres ou escravos, judeus, gregos ou gentios que crêem em Cristo, que O amam e observam os seus mandamentos. A sua missão não é fácil. O seu passado de perseguidor da Igreja não lhe permite eliminar todas as suspeitas sobre a sua sinceridade e idoneidade. A sua vontade de procurar sempre o essencial da fé, choca com aqueles que querem misturar todas as religiões e criar novas exigências da Lei.
Perseguido pelos seus antigos colegas, tem de fugir para o deserto da Arábia para se encontrar com Deus e amadurecer a sua vocação.


A SALVAÇÃO VEM DE DEUS


Anuncia Jesus Cristo, partindo de Abraão, e mostra os desígnios de Deus através de Moisés e dos Profetas. Parte da contemplação das maravilhas do cosmo para chegar a Deus, seu princípio e inteligência ordenadora.
Paulo afirma que a salvação não é conquistada pelo esforço e empenho do homem, mas é dom gratuito de Deus. O Espírito de Deus e de Cristo é que se apodera do homem e se torna o seu guia interior e inspirador, no caminho indicado por Jesus. No concílio dos Apóstolos, em Jerusalém, reconhece-se que a salvação só vem de Jesus e do seu Espírito, e que não é necessário impor aos convertidos do paganismo a circuncisão e a observância de outras práticas hebraicas da lei de Moisés. (Gl 2,7-9)
Para Paulo a salvação vem de Deus, através de Jesus Cristo, e não através da lei de Moisés.


JESUS CRISTO PARA PAULO


Para Paulo Jesus Cristo veio ocupar o lugar que o Pentateuco (Lei) ocupava na sua mente e coração dos judeus. A Lei Nova substitui a Lei Antiga.
Jesus é para ele o fim da Lei, é a Nova Aliança, a nova criação, é o único mediador da justificação e salvação do homem.
Em 2Cor 5,18-19, Paulo escreve: «Tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo por meio de Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação.»
Em Rm 1,4 Paulo afirma: «A promessa a Abraão concretizou-se em Cristo, consti-tuído Filho de Deus com o poder do Espírito de santificação, através da ressurreição dos mortos». Jesus Cristo é a sua vida, a sua esperança, o seu apoio, o seu modelo de vida, o seu Senhor e meta. (cf. Gl 2, 19-20)
Jesus Cristo é o seu ponto de referência; é com Ele que relaciona todo o seu ser.
Tudo sacrificou por Cristo. Para ele o viver é imitar Cristo, cristificar-se, anunciá-l’O e servi-l’O. Em Ef 1,10 Paulo escreve: «Deus estabeleceu reunir todas as coisas em Cristo, uni-las a Ele como Cabeça da qual recebem orientação e força».
Jesus Cristo aparece como a razão profunda da história e do futuro do homem: «Cristo, a glória esperada, está em vós.» (Cl 1,27)
Jesus Cristo é o fundamento em que se apoia, é o sangue que o faz viver, o modelo que ele procura imitar, é a meta que procura alcançar.
Jesus faz nascer nele o ser novo, a «nova criatura» e o «homem interior». (2Cor 4,16)


O CENTRO DE PREGAÇÃO DE PAULO


Jesus Cristo estava sempre diante dos seus olhos e no seu coração. Aplica a Jesus Cristo tudo o que São João, no início do seu Evangelho, aplica ao Logos. Transfere para Cristo todas as qualificações fundamentais do Pentateuco. Assim, para Paulo, Jesus Cristo é vida, luz, sabedoria, salvação, norma de vida, água viva, fonte de graça e de justificação, Criador do Universo, Filho de Deus, que encarnou por obra do Espírito Santo.
Passou a ter com Cristo a relação que tinha com o Pentateuco.
O credo de Paulo é estar com Cristo, viver com Cristo, entrar em comunhão com Cristo, participar no mistério da sua morte e ressurreição, receber o Espírito Santo, conformar-se a Jesus (cristificar-se), unir-se a Jesus e seguir os seus passos até ao ponto de dar a vida, crer na sua Ressurreição.
Nas suas cartas, Paulo afirma que Jesus Cristo está vivo e reconcilia os homens através do Espírito Santo. Cristo traz a salvação ao mundo. A reconciliação dos homens com Deus e entre si é possível e já começou. É através da Igreja que se realiza esta reconciliação.



Pe. João Gomes Filipe, ssp

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Pedaçinhos de Nós...

UM PEDAÇINHO DE NÓS!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sei de cor, cada lugar teu... atado em mim a cada lugar meu!


Tento entender o rumo que a vida nos faz tomar... tento esquecer a mágoa...
Guardar só o que é bom de guardar!


Pensa em mim, protege o que eu te dou...





Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou...




sem ter defesas que me façam falhar... nesse lugar mais dentro onde só chega quem não tem medo de naufragar!





Fica em mim que hoje o tempo dói... como se arrancassem tudo o que já foi. E até o que virá e até o que eu sonhei... diz-me que vais guardar e abraçar tudo o que eu te dei




Mesmo que a vida mude os nossos sentidos e o mundo nos leve pra longe de nós... e que um dia o tempo pareça perdido e tudo se desfaça num gesto só...





Eu vou guardar cada lugar teu, ancorado em cada lugar meu... e hoje apenas isso me faz acreditar que eu vou chegar contigo onde só chega quem não tem medo de naufragar...










Mesmo que a vida mude os nossos sentidos... E o mundo nos leve pra longe de nós... E que um dia o tempo pareça perdido e tudo se desfaça num gesto só...






Eu vou guardar cada lugar teu... Atado em mim, a cada lugar meu...




E hoje apenas isso me faz acreditar... Que eu vou chegar contigo... Onde só chega quem não tem medo de naufragar! *

"Assim, em virtude da graça que me foi dada, digo a todos e a cada um de vós que não se sinta acima do que deve sentir-se; mas sinta-se preocupado em ser sensato, de acordo com a medida de fé que Deus distribuiu a cada um. É que, como num só corpo, temos muitos membros, mas os membros não têm todos a mesma função, assim acontece connosco: os muitos que somos formamos um só corpo em Cristo, mas, individualmente, somos membros que pertencem uns aos outros."
Rm 12,3-5

Aqui ficam pedaçinhos de nós que queremos partilhar com cada um de voçês...


(* letra: cada lugar teu - mafalda veiga)